A COMIDA TE ATRAPALHA?

Published in 3 de maio de 2022 by

O que a repetição à compulsão esconde?

Euforia?

Ansiedade?

Prazer?

Gula?

Vazio?

Desamor?

Insatisfação?

           Comemos pela boca. A boca é a porta de entrada para engolirmos tudo, mas é a partir do cérebro que emitimos e recebemos todos os nossos desejos. Você tem fome do quê?

Ao engolir nós integramos, aceitamos; engolir significa incorporar. Durante todo o tempo em que algo fica em nossa boca ainda podemos cuspi-lo fora. Mas quando engolimos, não é fácil reverter o processo. Pedaços grandes, no entanto, achamos “difíceis de engolir”. Na verdade, se o bocado for grande demais não podemos engoli-lo. Muitas vezes, temos de engolir coisas na vida que, de fato, nem queremos, como por exemplo, ser despedidos do emprego. Há má notícias que nos causam dificuldade para engolir (DETHLFSEN, RÜDIGER, 2007 p.125).

           Desde quando você adora um docinho, uma comidinha fora de hora? Seu corpo caminha sem pensar em direção à geladeira? Como foi sua infância? Com quem aprendeu a comer?

O significado simbólico do estômago significa: sentimento, capacidade de acolhimento, local de depósito de tudo o que foi engolido; sua forma de foice lembra a lua (seu princípio original) crescente; berço do sentimento, berço da infância, local de preparação e proteção (DAHLKE, 2020 p. 39).

           Se compreendermos nosso crescimento, o ambiente em que vivemos e os hábitos que ao longo do tempo foram impostos, poderemos ressignificar o prazer adicionado ao alimento. O que te alimenta?

           O vilão é sem dúvida o exagero. O corpo sofre, o pensamento pune, e a insatisfação pode acentuar a compulsão.

No caso do sobrepeso, na maioria das vezes o corpo é afetado, o que demonstra que uma satisfação interna tem de substituir a abundância externa. Isso pode aludir ao fato de que o alimento estaria desempenhando um papel de substituto do afeto (dos pais). O amor inicia-se muito naturalmente entrando no estômago por meio da amamentação. Mais tarde, ele pode sempre regredir a esse nível (DAHLKE, KAESEMANN, 2014 p.399).

Você pode ser dono de si. Ouse se conhecer melhor. Faça terapia!